Depois daquela que foi a maior catástrofe nuclear em tempos de paz, ocorrida há 20 anos, a vida selvagem reencontrou o seu equilíbrio. O facto de os humanos terem sido retirados do local ajudou ao reaparecimento de muitas espécies que já há muito não eram vistas por estas bandas.
Desde linces, às corujas gigantes, passando por uma série de outras aves que já ninguém pensava voltar a ver por lá, foram imensas as espécies agora reencontradas. Para além disso, foram descobertas pegadas de ursos na neve, onde já há centenas de anos não era encontrado nenhum urso em liberdade.
Ninguém sabe, ou pode prever, o que vai acontecer com estes animais, dados os elevados níveis de radioactividade que ainda se fazem sentir no local, mas a verdade é que, aparentemente, os animais não parecem sentir-se incomodados. Inclusivamente, muitas das aves aproveitam o caixão de cimento com que foi coberto o reactor que explodiu para fazer os seus ninhos, parecendo ser este o seu local favorito.
Quanto aos mamíferos, se é verdade que inicialmente muitos morreram em virtude de problemas na tiróide, os novos animais, apesar de apresentarem elevados níveis de radioactividade, parecem fazer uma vida perfeitamente normal. De todos os animais observados na área, apenas um rato mostrava sinais evidentes de ter cancro.
Curiosamente, uma das experiências feitas pelos investigadores foi levar para o local ratos provenientes de outros locais com baixos níveis de radioactividade. Estes mostraram sentir-se «desconfortáveis» numa zona denominada Floresta Vermelha, nome colocado em virtude de as árvores terem ficado avermelhadas aquando do acidente de há 22 anos. No entanto, os animais que lá nasceram parecem sentir-se melhor que nunca, e reproduzem-se normalmente, de forma extremamente rápida.
Muitos investigadores referem que neste local aconteceu uma «explosão de vida inexplicável» e sugerem que seja criado uma mega área protegida, para que não se perca o que de bom aconteceu depois da tragédia que ceifou, ceifa e vai continuar a ceifar muitas vidas humanas.
quinta-feira, 5 de junho de 2008
Chernobyl: 22 Anos Depois
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